Trajetória
Parece clichê, mas eu não escolhi ser fotógrafa, a fotografia me escolheu. Comecei a fotografar logo após a faculdade, naquele limbo entre ter um diploma e não ter um emprego. Minha intenção inicial era encontrar algo que me desse dinheiro e flexibilidade até conseguir um trabalho fixo. Fotografei de tudo um pouco, de crianças a jogos de futebol! Mas nada me empolgava tanto quanto fotografar mulheres. Existia uma conexão diferente, uma vontade muito grande de cuidar, de escutar e de ajudar a transformar a forma como se viam.
Escutar e acolher mulheres já fazia parte da minha vida. Aos 14 anos trabalhei como manicure e só quem já passou por essa experiência sabe o quanto é especial ter alguém te ouvindo com atenção, enquanto te deixa mais bonita e mais leve. Eu não sabia ainda, mas aquele era o meu destino.
Fotografia
A primeira mulher que fotografei com o objetivo de autoestima foi uma amiga: a Bruna. Sempre admirei seu jeito e por ela se permitir ser quem é. Foi um divisor de águas. As pessoas começaram a se questionar: “Por que não eu? Por que não fazer um ensaio e me ver-me sob outra perspectiva?”. Foi aí que entendi: minha fotografia não era só sobre técnica, era sobre permitir que mulheres se vissem de um jeito novo, mais gentil, mais verdadeiro.
Empoderamento
Com o tempo, percebi que eu também precisava me enxergar com mais carinho. Descobri que aquele sentimento constante de inadequação, insegurança, a necessidade da aprovação dos outros… tudo isso tinha nome: baixa autoestima. Quando percebi que muitas mulheres sentiam o mesmo, mergulhei nos estudos sobre autoestima, tentando entender minhas feridas para ajudar a curar outras.
Desde então, minha missão é clara: fazer com que cada mulher que passa pela minha lente se sinta linda, digna, inteira — e capaz de reescrever a própria história.
Em 11 anos de trajetória, já tive a honra de fotografar mais de 1.300 mulheres. Histórias fortes que buscavam algo em comum: se reconhecer com mais amor, se reconectar com sua essência e se enxergar de uma nova forma.
Casa 12
Em 2015, fiz uma especialização em fotografia feminina em Los Angeles. Participei de workshops, palestras e estudei com nomes renomados da fotografia no Canon Hollywood Professional Technology e na Samy’s Camera School. Quando voltei ao Brasil, fotografava dentro da minha casa e em 2016 dei início à construção do meu primeiro estúdio, tudo simples, um sofá, um tapete e uma cama. E este ano finalmente nasceu a Casa 12, o meu novo estúdio em Suzano!
Mais do que um espaço físico, a Casa 12 foi pensada para ser um lar temporário para cada mulher que entra ali. Onde ela possa se sentir segura, confortável e acolhida. Cada detalhe do ambiente foi construído com a intenção de proporcionar bem-estar, leveza e liberdade para que cada cliente viva a experiência de ser quem é, sem pressa, sem pressão e com muito afeto.
Conselhos
Nem sempre os caminhos que escolhemos são lineares. Às vezes, os sonhos mudam de forma. Os planos mudam de rota. E por mais que, em alguns momentos, pareça que estamos errando ou perdidas, há algo dentro de nós que sempre sabe o caminho: a nossa intuição. Acredite nela. Porque não existe caminho errado quando estamos alinhadas com o que faz sentido para o coração. Cada passo tem um motivo, e cada mudança carrega um recomeço possível.
Se você sente que precisa se reencontrar, se redescobrir, ou simplesmente viver um momento só seu, se permita.
A experiência de ser fotografada vai além das imagens: é sobre se ver com novos olhos, recuperar autoestima, celebrar a mulher que você é hoje — com toda sua história, beleza e verdade.
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