Desde o anúncio de Halle Bailey como Ariel, em 2019, o live-action de “A Pequena Sereia” enfrentou uma série de ataques racistas nas redes sociais e plataformas de avaliação. Mesmo antes da estreia, críticas infundadas já circulavam online, baseadas unicamente na cor da pele da protagonista.
Com o lançamento oficial em 2023, os ataques se intensificaram. O site IMDb, uma das maiores referências do cinema mundial, registrou mais de 32 mil avaliações nas primeiras semanas. Destas, 13 mil deram ao filme a nota mínima de 1 estrela. Na Alemanha, o cenário foi ainda mais extremo: a nota inicial foi de apenas 0,7 em 10 — valor que, após moderação e revisão, subiu para 5.
Esse fenômeno acende um alerta. Para quem assistiu ao longa, a qualidade da produção, os efeitos visuais, a trilha sonora e o desempenho dos atores não justificam notas tão baixas. Fica evidente que, em muitos casos, a avaliação ignorou critérios técnicos ou artísticos, focando apenas na presença de uma protagonista negra no papel principal.
A decisão de escalar Halle Bailey foi vista como um marco importante na representatividade negra no cinema. Sua atuação foi amplamente elogiada pela crítica especializada, mas, mesmo assim, enfrenta resistência de parte do público.
Casos como esse mostram que o racismo ainda é um desafio real e atual, inclusive na indústria cultural. Por outro lado, também mostram a importância de continuar abrindo espaço para talentos diversos, garantindo que mais crianças se vejam representadas nas telas.
Por Anna Flávia Macedo | Dados: sitemundonegro.com.br
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