Como se identificar negra em uma sociedade tão racista?
Desde pequena sempre ouvi de familiares que tínhamos que ser arrumadas e cheirosas, princesas educadas, pois ser negra e nordestina parecia um crime e deveríamos estar em constante observação.
Sempre convivi no meio de pessoas brancas, minha criação foi nesse meio, então eu não tinha referências para me identificar como uma mulher negra.
Nunca tinha visto isso como um “problema” no meu ciclo de convívio, pois eu não sabia o quão grave era isso.
Até poucos anos atrás eu me dar conta de que eu estava anulando minha origem e minha cor.
O embranquecimento na sociedade refere-se ao processo em que nós, indivíduos negros, somos influenciados a adotar características, comportamentos e padrões culturais associados predominantemente à cultura branca.
Isso sempre ocorre devido à pressão social, discriminação racial ou até mesmo pela busca de aceitação em um ambiente que valoriza erroneamente traços considerados “brancos” como ideais.
Essa experiência afeta a autoestima e a identidade cultural da pessoa negra e eu senti isso, resultando em uma sensação de desconexão das minhas raízes.
Por diversas vezes eu mudava meu cabelo, atitudes, vestimenta… tudo para me encaixar em um padrão que não era o meu.
Mas hoje, com muito orgulho, me identifico como uma mulher negra e me aceito.
Isso não mexe mais com a minha autoestima e nem me deixa mais abalada.
Ser mentora da Academia de Miss em diversos concursos me fez enxergar várias coisas, me reconectei com a minha história e agora sempre vou honrar minha cor e, digo mais, como gosto de mudar de aparência, aprendi que o cabelo que escolho usar não define se sou mais ou menos preta.
O mais importante é o autoconhecimento e aceitação das suas raízes e do seu tipo de beleza! ✊🏾
💎 Texto produzido por Bruna Bley, Embaixadora 2023 da Academia de Miss, para o especial Mês da Consciência Negra da Página VIP.
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Durante o mês de novembro, 9 Misses do Hall da Fama da Página VIP produzirão conteúdos abordando diferentes temas essenciais!
Para que mais pessoas tenham acesso a informação e aprendam a importância de serem aliados na luta antirracista.
Dentre as Misses convidadas, todas da região das cidades de Suzano, Mogi das Cruzes e região do Alto Tietê, estão:
Miss Suzano, Miss Afro Alto Tietê, Drag Queen do Ano e Miss Plus Size Alto Tietê.
Independentemente da sua raça ou cor, todos nós temos a obrigação de evoluir como seres humanos.
E de ajudar a construir uma sociedade justa e igualitária para todos. 🥰✊🏾
