Dia Nacional de Combate à Gordofobia

Dia 10 de setembro celebra-se o “Dia Nacional de Combate à Gordofobia” no Brasil!

Thawany Salviano:

Honrando meu legado de levar representatividade para outras mulheres gordas por onde eu passar, hoje apresento a vocês minha 1ª edição especial.

Antes de me tornar a 1ª Miss Plus Size Alto Tietê no Hall da Fama da  Página VIP eu sempre quis fazer da minha vida e dos meus feitos algo que tivesse propósito.
Que eu pudesse ajudar outras pessoas. Então, ainda na adolescência, decidi que cursaria Nutrição.
Comuniquei a família e alguns amigos e tive a infeliz reação de uma pessoa muito próxima na época que me disse “Thawany, nutri gordinha não rola, né?”
Foi assim que anos se passaram, não cursei nutrição (ainda) e deixei a opinião dos outros afetar a minha vida naquele momento.

Mas isso mudou, me redescobri, tenho realizado sonhos, inspiro e encorajo quem quer que seja que o corpo gordo merece estar onde ele quiser!
Que a gordofobia precisa parar de destruir vidas, carreiras e sonhos.
Dizer também que antes de peso na balança e qualquer diagnóstico médico, somos seres humano, merecemos acessibilidade, representatividade e o mais importante: respeito!

Amanda Guarizo:

Sempre fui gorda e nunca tive problema com o meu corpo!
Tive um olhar de que não era o meu peso e sim aonde eu queria chegar. Entrei na faculdade de nutrição em 2014 e não sofri gordobofia.
Na própria faculdade tinham professoras que não eram “padrão”.

A relação com meus pacientes é humanizada. Busco a nutrição comportamental e não acredito em dietas restritivas e que acabam piorando a saúde.
Trabalho com a realidade de cada um, investigamos a compulsão, ansiedade, buscando a mudança de hábitos, perda de peso com ganho de massa muscular.
A nutrição comportamental é para todos, da criança ao idoso, de atletas a praticantes de exercícios físicos.

A obesidade é sim uma doença e é multifatorial. O emocional, a relação com a comida e com a atividade física importam tanto quanto os exames bioquímicos.
Não é só o “IMC ideal” que devemos ir em busca, mas sim, a aceitação de que cada pessoa tem um corpo e que ela deve primeiro gostar de si, se manter ativa e buscar na alimentação a qualidade para ajudar a manter o equilíbrio.

Sarah Oliveira:

Trabalho com a estética há 5 anos e desde que eu estava no curso já ouvia pessoas falando que se eu fosse trabalhar nessa área teria que emagrecer. Cheguei até duvidar da minha capacidade profissional, como as pessoas iriam confiar no meu trabalho se eu não sou o “padrão estética”?

Sofri gordofobia em um emprego e isso me fez duvidar ainda mais do meu profissionalismo, fez pensar se tinha algo errado com minha aparência.
Um cliente me disse uma vez, que esteticista tinha que ser padrão. Te pergunto, “padrão” pra quem? Com o tempo fui entendendo que meu corpo não define meu trabalho, não define quem sou, muito menos as minhas capacidades intelectuais.
A eficácia do meu trabalho, o que posso oferecer com as minhas técnicas de estudo, tudo isso será aplicado em quem veio até mim, quem quer essas mudanças e meu corpo não interfere no resultado da outra pessoa!

Venho crescendo evoluindo, buscando cada vez mais estar bem feliz comigo mesma, e me orgulhando da minha profissão. Levando bem-estar e amor pra quem buscar minha estética ou minhas maquiagens!

Ericka Talarico:

Sempre gostei da dança e quando criança fiz aulas de jazz por 4 anos,  lembro que uma professora falou pra sala que algumas de nós estavam “gordinhas” e era para emagrecermos, pois no espetáculo ia colocar todo mundo de top.
Eu era uma criança e lembro que fiquei bem constrangida com a fala dela. Mesmo dentro de uma arte tão diversa existem muitos desafios relacionados a gordofobia, principalmente vindo do público, falam que é doença, e que estamos romantizando a obesidade.

Desde quando alguém com qualquer doença que seja precisa ser acusado de desleixado, virar motivo de chacota até melhorar?
“Estou falando para o bem, pensando na sua saúde”, mas não se importam com a saúde mental. Julgam sem conhecer a história e a genética da pessoa.
Ninguém é obrigado a achar qualquer corpo bonito, afinal o conceito de beleza é relativo, mas perseguir, agredir e ridicularizar já é diferente de “preferência ou gosto”.

Hoje não preciso da aprovação de ninguém e muito menos vou esperar o corpo “ideal”. O que importa é que gosto de dançar e vou continuar!
E vai ter mulher gorda, magra, alta, baixa, preta, branca e quem mais quiser dançar sim!

 

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